terça-feira, 31 de maio de 2011

O coração é ignorante, recusa ordens. Pobre músculo esperançoso é esse que guardo com tanto cuidado dentro do peito. Tantas vezes remendado, colado e queimado a ferro, pobre iludido esse coitado.
Ainda não cansado de bater por causas perdidas, derramado em lágrimas inevitáveis e acolhido por sorrisos mentirosos. Pobre rejeitado, tão frágil e enganável. Sentido, guardando dentro de si o seu e o do outro. Como se apenas uma dor não fosse o suficiente.
Bombeando vagamente em um ritmo involuntário e doído, mas não que esteja partido, apenas cansado de tantas lutas perdidas. Solitário! Tão igual a qualquer outro, mas tão único, daqueles que nunca mais se encontrará igual.
Suicida em suas tendências, finito, mas tão valente pra aguentar um pouco mais, tão corajoso pra esconder toda a dor e continuar seu trabalho como se tudo estivesse igual, tão capaz de ainda estar inteiro, mesmo depois de tantos consertos mal feitos. Tão pequeno pra tanto, mas tão grande pra todos. O meu coração, acho, suporta tudo!

Um comentário:

  1. Por que demorei tanto a ler isto ?
    Encontro uma nova "Lika" a cada vez que venho aqui..

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