quinta-feira, 5 de setembro de 2013

You've gone away

Eu já sabia desde aquele dia que tudo entre nós havia acabado.
Você não precisava ter me convidado a ir até sua casa, você não precisava ter tocado aquela música linda do Oasis pra mim se isso não ia mudar nada dentro de você. Se isso não fosse significar nada.
Não era necessário ter me feito acreditar que ainda tinha uma chance para nós dois e depois de eu acreditar por cinco minutos ter me feito cair de cara no chão.
Foi outra ilusão. Foi tudo uma ilusão.
Se eu apenas tivesse sabido desde o começo, Fred, te juro que teria evitado tudo isso. Se eu soubesse que aquele sorriso era de brincadeira, eu não teria acreditado.
Que burra fui. Cega pelo que quis acreditar, deixei minha visão se ofuscar por causa dos vazios dentro de mim que, por um tempo, você preencheu tão bem.
Mas é como dizem “de nada se adianta tampar o sol com uma peneira” e eu nem ao menos notei que os vazios continuavam lá, apenas estavam camuflados pelo seu sorriso de criança esperta. Eu te amei Fred e você foi malvado o suficiente para fingir me amar de volta.
E então “bum”, me culpar por um erro que eu não cometi apenas pra ter uma desculpa pra se livrar de mim, te garanto Frederico, que dos males que te ocorreram, os que eu provoquei foram os menores e as memórias que eu deixei, as melhores.
Mas você já deve ter esquecido tudo uma vez que eu nunca devo ter significado nada, verdadeiramente. E quando você dizia que tinha algo de especial em mim, também devia ser mentira. Só queria, quando você chorava, não ter te consolado e sim desejado que você se afogasse em suas próprias lágrimas. Eu estava lá o tempo todo pra no fim ser como qualquer coisa que você joga fora.
Só me diz o que eu faço agora com a minha discografia do Oasis que me lembra tanto você? O que eu faço com aquela foto de moldura bonita que você me deu, que representa um dos dias mais felizes da minha vida? O que eu faço com nossas músicas, nossos poemas, nossa história? Enfio goela a baixo e finjo esquecer pra poder viver em paz. É a única solução que encontro no momento.

Só me arrependo de ter te olhado nos olhos aquele dia e sussurrado contra seus lábios “eu amo você”, se no fundo, no fundo, eu sabia que você não me retribuía.