segunda-feira, 27 de junho de 2011

Uma loira incoveniente sem domínio sobre as palavras que saem de sua própria boca, olhou descaradamente nos meus olhos e disse que você é o amor da minha vida.
Deixa-me esclarecer uma coisa, eu já não acredito no, ou pelo menos não espero pelo, príncipe encantado há séculos... Desde que os filmes da Disney pararam de ser em VHS, na verdade, então eu não me importo muito. A partir da adolescência comecei a torcer pras mocinhas ficarem com os vilões, algo meio próximo da Síndrome do Stocolmo... Os mocinhos eram chatos, entediantes, e o final "felizes para sempre" que eles tinham pra oferecer parecia muito massante, pois é, olha eu aqui criticando a perfeição.
Mas enfim, quando essa loira impertinente teve a audácia de dizer isso pra mim, me peguei pensando... Mas pensando muito além do "será que é verdade?". Eu comecei a pensar na vida real, longe dos castelos legais da Disney, comecei a pensar até onde eu acredito que coisas assim existam, coisas tão fortes que vão longe da minha ignorância conseguir descrever e me peguei pensando em tudo o que se passou; tantos altos e baixos e encontros e desencontros e mais alguns dramas que eu mesma acrescentei a história toda... Pode alguém ser o amor da sua vida e você não ser o amor da vida dessa pessoa? Seria isso logicamente possível?
Cresci acreditando no que os malvados produtores da Disney implantaram no meu cérebro: se você gosta de uma pessoa, essa pessoa vai gostar instantaneamente de você de volta... Tudo será recíproco, vocês serão apaixonados, enfrentarão umas madrastas malvadas, mas no fim, como o bem sempre vence o mal, você serão felizes pra sem... Olha ele aqui, o vilão da minha vida...
Não é assim na vida real, não mesmo... As coisas são turbulentas, barulhentas, difíceis, por vezes parecem sem solução e é assim que, sem que notemos, chegamos ao fundo do poço, sem perspectiva de sair, sem sabr como sair... E é assim que acabamos. E é desse jeito que eu me pergunto, caída à sete palmos abaixo da terra: Pode alguém ser o amor da minha vida e eu não ser o amor da vida desse alguém? Por que se for assim, não me tira da cova, me enterra e joga alguns quilos de cimento em cima!

sábado, 25 de junho de 2011

Realmente, você tinha razão quando me disse que era um "mala" e que eu devia me manter calma, caso contrário me irritaria muito com você.
Você estava totalmente certo, você é a pessoa mais irritante que eu já conheci nesses poucos quinze - quase dezesseis - anos de vida, nunca conheci uma pessoa que parecia tão focada em me irritar quanto você, nunca conheci uma pessoa que se sentia feliz em ver minhas bochechas corarem de raiva.
Eu devo muito à você, na verdade. Agora, nesse exato momento, estou me sentindo muito agradecida, sério. Você me mudou, você me fez uma pessoa melhor... O curto espaço de tempo em que eu pude desfrutar da sua presença, eu fui outra, eu fui completa, eu fui extrovertida e, mesmo que boba, eu fui eu. Totalmente eu! Assim como poucas pessoas, você me aceitou exatamente como eu era - mesmo que por pouco tempo.
Eu tinha em você algo que eu nunca havia tido em outra pessoa antes, nunca. Mesmo que mal nos falássemos, mesmo que por pouco você me conhecesse, parecia que eu tinha lhe entregue meu manual de instruções, você sabia tudo o que eu escondia, tudo o que eu pensava, tudo... Tudo mesmo. Acho que é por isso que você é tão egocêntrico, você sempre sabe tudo!
Sabe, agora eu estou me dando conta... A saudade não morreu, na verdade a única coisa que está meio morta sou eu... Depois que você se foi, eu parei de ser tão legal. Sim, parei de ser tão legal, porque mesmo que você não acredite, eu era legal quando eu tinha você! E em algum lugar que eu ainda não sei aonde, eu sinto arder de vez em quando, mas tudo bem, eu espero um tempo e a ardência passa, ainda bem!
Mas mesmo assim, obrigada por tudo, mesmo as partes ruins sei que me serviram pra alguma coisa, mas além de todas as coisas ruins... Obrigada pelo apoio, pelas palavras gentis e pelo cuidado que você teve comigo, tudo foi muito especial, de verdade. Mesmo que pra você não signifique nada, mesmo que pra você eu não exista mais, você me fez bem. É, foi bom enquanto durou! Obrigada pela oportunidade de ter um pouquinho de magia nessa minha vidinha tão sem graça!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Me faltam sorrisos, me faltam palavras pra explicar a merda em que eu me meti, me faltam lágrimas pra expressar o vazio que eu tenho sentido recentemente. Falta algo que eu ainda nem ao menos sei, falta tanto e faz falta de um modo torto. Tudo errado, tudo errado!
O pior é de tudo é saber que a culpa é minha, saber que eu me deixei envolver e estragar tanto, irreversível é o que é; não dá pra voltar atrás, não há caminho de volta.
O legal - sinta a ironia - é que ninguém me avisou que era um caminho de mão única e que se eu desse o primeiro passo, não haveria jeito de voltar. Esqueceram de me avisar também que o fim do caminho era um precipício!
Eu não suporto mais pensar, eu não suporto mais falar à respeito. Não consigo conviver com a falta que me faz. Tempo tempestuoso, esse que passei. Tempo que me fez ficar calada, quieta, fria... Vou me mudando e me moldando às minhas novas condições, vocês me fizeram assim! Como um bolo que se agarra à assadeira pra poder crescer; e ainda tem a capacidade de crescer torto, errôneo. Tudo errado, sempre!
Tanta falta, tanto vazio não preenchido e ignorado, deixado pra lá por meras bobagens... Eu sou idiota, esqueço de mim, mas não de quem realmente merece... Talvez eu mereça alguns safanões às vezes, pra ver se eu acordo pra realidade... Mesmo que eu saiba que não acordarei! É inegável, impossível...!