Eu acho que virou rotina, uma mania, sabe? Isso de esperar coisas em vão, coisas que beiram a impossibilidade. E essa história de estar dividida entre toda a saudade acumulada, toda a falta que me faz, e perder as esperanças, acreditar que eu, pra ti, qualquer coisa vale mais, está me quebrando ao meio, me partindo em dois. Duas partes que brigam entre si, uma para provar sua inocência, outra para te incriminar.
E tem havido uma gritaria em minha cabeça, as duas partes de mim entrando em um maldito conflito, me impedindo de pensar com clareza em qualquer coisa que não seja sua eterna causa ou em você. To em guerra comigo mesma.
Por quê? Por causa dos seus abraços na segunda, das nossas mãos entrelaçadas na terça, dos seus sorrisos tortos na quarta, dos nossos olhares confusos na quinta e do adeus prolongado que você me deu na sexta; me negando ter seu perfume impregnado em minha camiseta, quando você foi embora sem mim, me obrigando a ver tudo e assistir, enquanto você partia na direção contrária à minha.
E saber que, seu eu tivesse sorte, na próxima semana tudo ia se repetir.
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