domingo, 11 de agosto de 2013

Don't blink;

Aquela cena, aquele som... Tudo aquilo partiu meu coração.
E em meio ao meu abraço apertado, te senti tremer e arfar, quis gritar "não se vá", mas palavras eu já não tinha... Tudo o que tive naquele momento foram lágrimas que eu derramei com a perspectiva do óbvio, o futuro óbvio para qual caminhamos. Porque, no fim das contas, todos os caminhos levam em direção ao fim.
Fim.
E talvez, em toda a sua angústia, tal angústia que eu infelizmente desconheço, tenha faltado alguns beijos e abraços. E somente com essa doida perspectiva de fim é que eu percebo que estive em falta com você.
E em todos esses anos, todo o mal parecia tão distante, minha garganta se aperta em pensar que só estive evitando pensar no que era mais do certo.
Que triste e injusto: Uma vida toda e é esse o fim que levamos.
Jamais pensei que demoraria tanto pra ver que não se repõe o tempo perdido e que depois que se acaba, tudo o que sobra é a saudade. Essa maldita.
Minha garganta está apertada, não consigo tirar aquela imagem frágil da minha cabeça, fiquei com tanto medo de você cair ou se partir em meus braços, caso eu estivesse segurando muito forte. E tudo isso é tão contraditório, porque, de fato, eu nunca quis te abraçar e segurar tão apertado, eu nunca quis não mais soltar como eu quis essa tarde.
E isso dói.
Porque foi justamente o que eu fiz; eu o soltei. E sabe-se lá se terei a oportunidade de segurá-lo novamente. É como se eu já estivesse com saudades, um tipo cruel de saudade antecipada.
Mas nada tenho eu a ser feito, além de lhe passar um pouco de conforto com meus abraços. Só rezo pra que Deus te guarde, porque, por mim, guardado você já está... No coração.
Só nos resta esperar à essa altura. É difícil evitar o inevitável.
De qualquer modo, quaisquer que sejam os resultados, espero te ver em um lugar melhor, pleno.
E que não sofras, pelo menos não mais do que o necessário.

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